O dia 10 de abril foi a data instituída por agricultores e técnicos do Estado para o início da colheita do Café Robusta por marcar o período em que a maioria das lavouras de café apresentam índices de até 80% de frutos maduros. A data foi oficializada através da Lei 3.516, de 17 de março de 2015 e inclusa no Calendário Oficial do Estado.
Nem todos os cafezais apresentam o ponto ideal de colheita na data oficial porque a atividade agrícola também é regulada pelos elementos e fatores do clima. Na região de Porto Velho e cidades próximas, os produtores a maturação do café atrasou um pouco, mas ainda assim, é possível colher as variedades ou clones de café mais precoces.
Em Itapuã do Oeste, o agricultor Leilton de Oliveira Vioto, assistido pelo escritório local da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater-RO) cultiva um plantel de seis clones de café, dos quais dois já apresentam maturação adiantada. “Ainda vou esperar de 10 a 15 dias para dar inicio à colheita de minha produção”. O produtor possui 4 mil plantas de café clonal irrigado no sistema de gotejo de fertirrigação, que já estão na segunda safra. A expectativa para esta safra é de 120 sacas de café beneficiado por hectare. Metade das plantas dessa lavoura foram fornecidas pelo programa de fomento a produção da Secretária de Estado da Agricultura (Seagri) e o restante adquiridas de viveiristas locais.
“O critério para escolha dos clones leva em conta as características desejadas pelos cafeicultores como a produtividade elevada, resistência ou tolerância a doenças e a uniformidade de maturação. Quanto ao estágio de maturação, os clones são classificados como precoces, medianos e tardios. Essas características são muito importantes para facilitar o trabalho da colheita. A cultura do café em Rondônia é uma atividade predominante da agricultura familiar, com uma média de duas a três pessoas da família trabalhando na lavoura. É fundamental o escalonamento da produção, para que a família consiga realizar a colheita no tempo desejado”, explica o técnico que orienta o produtor na condução da lavoura e gerente da Emater no município, Diomazino Sousa de Lima.
Texto: Enoque de Oliveira
Fotos: Irene Mendes
Secom - Governo de Rondônia
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