Negociações ocorrem com o Ministério da Saúde. Informação consta em documento enviado à CPI da Pandemia, após pedido sobre previsão de imunizantes.
Em resposta a um ofício encaminhado pela CPI da Pandemia, a Fiocruz informou que acordou com o Ministério da Saúde a entrega de 120 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, com previsão de distribuição ao longo do primeiro semestre de 2022.A fundação informou ainda que, para o segundo semestre do ano que vem, “a depender da evolução da situação sanitária do país”, a entidade já está negociando com o Ministério da Saúde a opção de fornecimento de mais 60 milhões de doses.
Segundo a Fiocruz, as tratativas encontram-se na fase final de formalização. O ofício direcionado à Fundação partiu de um questionamento apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues, solicitando “esclarecimentos sobre tratativas mantidas com o Governo Federal brasileiro para fornecimento, no ano de 2022, de vacinas/imunizantes contra a Covid-19, incluindo a situação em que se encontram os eventuais acordos firmados”.
Vale lembrar que a instituição ainda tem cerca de 70 milhões de doses que já foram contratadas e seguem pendentes de entrega para esse ano. À CNN, a Fiocruz informou que a previsão é de que essas doses sejam entregues até o final de 2021.
Segundo o Ministério da Saúde, além das doses, há uma negociação em andamento com a Pfizer para um novo contrato de aquisição de 100 milhões de vacinas e opção de compra de mais 50 milhões de doses para serem entregues no ano que vem.
A pasta também informou à CPI que trabalha com três diferentes cenários de vacinação no país para 2022, mas que aguarda a conclusão “de estudos ainda em curso para definir o esquema vacinal para o ano de 2022”.
O primeiro cenário prevê a necessidade, para 2022, de 391.799.383 de doses aplicadas, mantendo o esquema atual de 2021. Seriam vacinas para finalizar as duas doses entre pessoas de 12 a 17 anos (estimativa de 35.754.740 de doses) e pessoas entre 18 e 59 anos (258.563.348 doses estimadas); aplicação da dose de reforço em pessoas de 60 a 69 anos (estimativa de 53.581.332 de doses) e pessoas de 70 a 90 anos (estimativa de 43.899.963 de doses).
O segundo cenário a previsão é da necessidade de 179.652.809 doses da vacina contra a Covid-19. Neste caso, seriam aplicadas apenas as doses de reforço em pessoas a partir dos 12 anos.
No terceiro cenário, a Saúde trabalha com a hipótese de aplicar a dose de reforço na população de até 59 anos e mais uma dose por semestre na população maior de 60 anos. Nesta situação, seriam necessárias a aplicação de 212.146.574 de doses.
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