Rui Costa diz que presidente do BC presta ‘desserviço’ ao País e promete reação caso juro não caia

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Rui Costa diz que presidente do BC presta ‘desserviço’ ao País e promete reação caso juro não caia


Ministro da Casa Civil disse que “cabe” uma proposta para mudar o regime de indicações para a diretoria do BC e criticou a nomeação de pessoas vindas de instituições privadas

Porto velho, RO - Horas antes de o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgar os rumos da taxa básica de juros, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse nesta quarta-feira, 22, que o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, presta um “desserviço” à população brasileira ao manter em 13,75% a Selic, que baliza todos os empréstimos. Ainda segundo o ministro, o governo já tem uma reação ensaiada caso o juro não caia: redobrar as criticas e ataques a Campos Neto.

“O Brasil é disparado a maior taxa real de juros do mundo. Então, a economia está sendo asfixiada. O comércio está sendo asfixiado em seu financiamento. Nós estamos com uma crise de crédito”, afirmou Costa. “Acho que não é explicável essa posição do Banco Central de ficar irredutível a uma taxa tão exorbitante de juros. Ou o mundo inteiro está errado e só o Banco Central Brasileiro está certo”, prosseguiu. “O que o presidente do Banco Central está fazendo é um desserviço à nação brasileira”, disse o ministro da Casa Civil.

LULA BRASÍLIA DF 15.03.2023 LULA/PRONASCI II NACIONAL OE - O Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante o a cerimônia de lançamento do programa PRONASCI i II e entrega de viaturas para Delegacias Especiais da Mulher e para Patrulhas Maria da Penha, realizada na manhã desta quarta-feira (15) no Palácio do Planalto em Brasília-DF. Na foto, o Presidente Lula e o ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa. FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: ESTADAO CONTEUDO / ESTADAO CONTEUDO

Braço direito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e coordenador do governo, Costa questionou o motivo de Campos Neto manter “a mesma dose de remédio” para conter a inflação. O ministro relembro que a escalada da taxa de juros pelo BC ocorreu ainda na esteira da pandemia de coronavírus, em 2021, quando a inflação superava os dois dígitos. No ano passado, o índice inflacionário acumulado ficou em 5,79%. O presidente do BC, por sua vez, já disse que o atual patamar da selic visa controlar a inflação e garantir bem estar social.

Costa, contudo, não restringiu as críticas à condução da política monetária por Campos Netto. O ministro relativizou a autonomia do BC ao insinuar que a autoridade estaria imune somente às ingerências do governo, mas não aos interesses do mercado financeiro. O chefe da Casa Civil afirmou que “cabe” uma proposta legislativa para mudar o regime de indicações para a diretoria do BC. Segundo Costa, há uma incongruência na Legislação que permite a nomeação de ex-diretores de instituições privadas, mas veda a indicação de políticos

“Banco Central Independente para quem?


“Não precisa de um novo marco fiscal para rever isso”

As declarações de Costa foram feita durante café da manhã com jornalista no Palácio do Planalto.


Fonte: Estadão

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