Ministras de Lula dizem já terem sido barradas no Palácio do Planalto

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Ministras de Lula dizem já terem sido barradas no Palácio do Planalto


Cida Gonçalves (Mulheres) e Esther Dweck (Gestão e Inovação) relataram problemas no acesso ao Planalto, que reputaram à cultura machista


Porto Velho, RO - A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck (foto em destaque), relataram já terem sido barradas no Palácio do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dá expediente.


As falas foram proferidas nessa quinta-feira (27/7) em evento de lançamento do grupo de trabalho (GT) interministerial que vai elaborar um plano de enfrentamento ao assédio e à discriminação no serviço público. A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, a Janja, também compareceu ao evento.


Janja revela já ter sofrido assédio moral e sexual

“Eu sempre brinco: tem dia que eu chego ao Palácio (do Planalto) e os seguranças não me deixam entrar. Eles falam assim: ‘Não, a senhora entra por aquela porta ali’. Aí, eu falo para eles: ‘Olha, eu não tenho cara de ministra, não tenho tamanho de ministra nem me visto como ministra, mas eu sou ministra. Lamento’”, contou Cida. Na sequência, ela indicou que precisa ser identificada por assessoras.


“Faz parte dos preconceitos e das discriminações”, continuou Cida. “O que acontece no Palácio acontece em todos os lugares, inclusive no meu ministério. São questões que temos que estar atentas cotidianamente”.

Em seguida, Dweck revelou que ela e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, passam pela mesma situação.

“Quando a Cida falou aqui que ela é barrada no Palácio… Eu sou barrada no Palácio, a Anielle é barrada no Palácio”, afirmou. “E, muitas vezes, o servidor, o terceirizado que fica ali na segurança (…), a pessoa que está ali não tem nenhuma responsabilidade por estar tendo aquela reação, porque isso é fruto de uma cultura na sociedade brasileira de não imaginar determinadas pessoas em determinados espaços”, prosseguiu.

Cida acrescentou que há estereótipos que precisam ser alterados, e citou o caso de dois ministros negros: Anielle e Silvio Almeida (Direitos Humanos).

Também estavam presentes no evento os ministros da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e da Controladoria-Geral da União, Vinicius Carvalho, que vão integrar o GT interministerial.

Depois de ter trocado o comando do Ministério do Turismo (quando substituiu Daniela Carneiro por Celso Sabino), Lula tem hoje 10 ministras mulheres, de um total de 37 pastas.


Fonte: Metrópoles

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