Flávia Guerreiro aguarda decisão judicial para remédio que custa em torno de R$ 6,8 mil cada frasco. Tratamento total chega a R$ 300 mil
Porto Velho, RO - Há cerca de um ano e meio, Flávia Guerreiro, 23 anos, corre contra o tempo no tratamento de um câncer de ovário.
Depois de passar por duas cirurgias e seis meses de quimioterapia, a estudante de Recursos Humanos aguarda uma decisão judicial capaz de custear a próxima etapa do tratamento, feita por um medicamento que não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Flávia conta que desde o início do de 2022 sentia dores abdominais muito fortes, sem saber exatamente o que as causava. O diagnóstico só veio em novembro do mesmo ano. “Fiz tomografia e foram encontradas duas massas no ovário, com 17 centímetros de tamanho”, narra.
Flávia Guerreira, 23 anos, luta contra um câncer no ovário
A moradora da Cidade Ocidental, no Entorno do DF, conta que a primeira cirurgia realizada foi uma biópsia, no início de dezembro de 2022. Então vieram seis meses de quimioterapia com objetivo de diminuir o tamanho dos tumores e, enfim, realizar um procedimento de retirada do câncer.
“Ainda ficaram uns focos [do câncer] na parece abdominal. O médico me reenviou para a quimioterapia e receitou o uso de um medicamento”, conta Flávia.
O medicamento em questão é o Bevacizumabe ─ orçado em cerca de R$ 6,8 mil para cada ampola de 400 mg. Por cerca de 1 ano e 5 meses, Flávia precisará fazer uso de três frascos de 400 mg a cada três semanas ─ chegando a R$ 300 mil no tratamento todo.
“Eu e minha família tentamos pelo SUS, mas ele não oferece a medicação. É um valor que a gente não teria para dar de três em três semanas”, explica a jovem.
A última sessão da nova etapa de quimioterapia ocorreu na sexta-feira (18/8), sem o uso conjunto do medicamento.
“Corre o risco [de o tumor] se espalhar, ir para outra região e piorar minha situação. É um medicamento que preciso com urgência, preciso o mais rápido possível. Vou ficando aflita, ansiosa porque o tumor não espera. É meio complicado porque a gente não sabe o que fazer. A gente fica sem chão, sem estabilidade”, lamenta.
Diante do impasse, familiares e amigos de Flávia criaram uma vaquinha para auxiliar no custeio do remédio. “Como a Justiça ainda não deu a resposta, meus amigos e minha família criaram essa vaquinha para ajudar no custo do tratamento”, explica. Quem quiser realizar alguma doação, pode acessar a vaquinha virtual por este link.
Fonte: Metrópoles
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