Brasil deve superar EUA em milho e algodão; números que sustentam a liderança brasileira foram destacados em um recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
Porto Velho, RO - O Brasil continua sua impressionante expansão no mercado global de agronegócios, consolidando sua posição como o principal exportador agrícola do mundo e agora preocupando os Estados Unidos. Além de liderar nas exportações de produtos como café verde, carne bovina, frango in natura, celulose, soja em grão e açúcar, o País conquistou recentemente o posto de maior exportador de milho, superando a nação norte-americana, segundo reportagem da jornalista Márcia de Chiara, do Estado de S. Paulo.
Os motivos por trás desse avanço são diversos. No âmbito interno, o Brasil tem colhido resultados recordes de safras de grãos consecutivas, impulsionados pelo aumento da produtividade nacional. Graças a tecnologias como o plantio direto, a irrigação e melhorias genéticas nas culturas, os agricultores brasileiros agora conseguem colher até três safras agrícolas em um mesmo terreno durante o ano.
No cenário global, fatores como a quebra de safra nos Estados Unidos e Argentina devido a condições climáticas adversas, bem como a situação na Ucrânia, têm contribuído para a expansão das exportações brasileiras. A redução na oferta dos principais produtores abriu espaço para o aumento das exportações da safra brasileira.
Os números que sustentam essa liderança brasileira foram destacados em um recente relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de 12 de setembro. O Brasil exportou 57 milhões de toneladas de milho na safra 2022/2023, superando os 42,29 milhões de toneladas dos produtores norte-americanos no mesmo período. Para a safra atual, o USDA projeta exportações de milho de 55 milhões de toneladas para o Brasil, enquanto os Estados Unidos estão previstos para exportar 52,07 milhões de toneladas.
Essa crescente ascensão do Brasil no mercado global de agronegócios coloca pressão sobre os Estados Unidos, que agora enfrentam o desafio de recuperar sua liderança nesse setor. Enquanto o Brasil continua a investir em tecnologia, produtividade e sustentabilidade, o futuro do mercado de alimentos e commodities agrícolas parece estar cada vez mais sob a influência do agro brasileiro.
Fonte: Brasil247
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