Minuta apresentada nesta segunda-feira (9) decretou situação crítica de escassez de água. Rio Madeira vive seca histórica e até abastecimento de água da cidade pode ser interrompido.
Porto Velho, RO - Os níveis de água do Rio Madeira em Porto Velho já são os mais baixos das últimas cinco décadas. É o que revelou dados apresentados na 26ª reunião deliberativa extraordinária, realizada nesta segunda-feira (9) pela diretoria da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Veja o vídeo abaixo:
https://globoplay.globo.com/v/12014681/
De acordo com a minuta apresentada pela diretoria da ANA, o nível do rio na capital está abaixo da cota com 95% de permanência, "inferior à cota mínima observada no histórico de 56 anos de medições".
A cota mínima é referente ao nível de água mais baixo que o rio atinge no período da estiagem. Há quase um ano, o Madeira havia atingido a cota de 1,44 metro: o menor nível registrado em 17 anos, mas a marca foi superada nesta segunda-feira, quando chegou a 1,17.
As cotas do rio Madeira são definidas em conjunto com as autoridades e nessa atividades são consideradas todas as particularidades do rio e as comunidade afetadas.
Diante da seca histórica do Madeira em Porto Velho, a agência decretou situação crítica de escassez de água. A declaração permite que sejam adotadas medidas de prevenção e mitigação de impactos.
Além disso, a Ana poderá determinar novas regras para uso da água e operação de reservatórios. Isso porque o rio Madeira serve como importante hidrovia usada para transporte fluvial de carga e passageiros, com trecho navegável de mais de 1 mil km entre Porto Velho e Itacoatiara (AM).
O rio Madeira também é utilizado como manancial de abastecimento de água para mais de 400 mil habitantes da capital.
Outro fator apontado na reunião da ANA é que as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio foram construídas sobre as águas do Madeira. Juntas, as duas usinas representam 6,7% da potência instalada do sistema elétrico interligado.
Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou a suspensão da operação da usina hidrelétrica de Santo Antônio por conta da seca histórica do Madeira.
Seca do Rio Madeira
Nas últimas semanas, o rio Madeira atingiu níveis mínimos históricos em consequência da seca de afeta toda a região Norte do país. A imensidão de água deu lugar a bancos de areia gigantes e "montanhas" de pedras no meio do "rio".
Imagens feitas pelo g1, mostram como a seca afetou o cenário do Madeira: chão seco com rachaduras e uma paisagem semelhante ao deserto.
A seca também tem afetado o abastecimento de água nas comunidades ribeirinhas e, diante do desabastecimento, a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) está usando caminhões pipas para levar água direto das estações de tratamento para essas regiões.
Já na área urbana, moradores das zonas Leste e Sul com poços tubulares enfrentam dificuldades de acesso à água.
Em uma nota divulgada nesta segunda-feira, a Caerd diz que está "priorizando o fornecimento regular de água para locais que prestam serviços essenciais, como unidades de saúde, escolas e órgãos públicos, para garantir que essas instalações continuem funcionando adequadamente, apesar das condições adversas de abastecimento de água".
Bancos de areias surgem devido a seca do rio Madeira — Foto: Thiago Frota/ Rede Amazônica
Fonte: G1-Rondônia
De acordo com a minuta apresentada pela diretoria da ANA, o nível do rio na capital está abaixo da cota com 95% de permanência, "inferior à cota mínima observada no histórico de 56 anos de medições".
A cota mínima é referente ao nível de água mais baixo que o rio atinge no período da estiagem. Há quase um ano, o Madeira havia atingido a cota de 1,44 metro: o menor nível registrado em 17 anos, mas a marca foi superada nesta segunda-feira, quando chegou a 1,17.
As cotas do rio Madeira são definidas em conjunto com as autoridades e nessa atividades são consideradas todas as particularidades do rio e as comunidade afetadas.
Diante da seca histórica do Madeira em Porto Velho, a agência decretou situação crítica de escassez de água. A declaração permite que sejam adotadas medidas de prevenção e mitigação de impactos.
Além disso, a Ana poderá determinar novas regras para uso da água e operação de reservatórios. Isso porque o rio Madeira serve como importante hidrovia usada para transporte fluvial de carga e passageiros, com trecho navegável de mais de 1 mil km entre Porto Velho e Itacoatiara (AM).
O rio Madeira também é utilizado como manancial de abastecimento de água para mais de 400 mil habitantes da capital.
Outro fator apontado na reunião da ANA é que as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio foram construídas sobre as águas do Madeira. Juntas, as duas usinas representam 6,7% da potência instalada do sistema elétrico interligado.
Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) anunciou a suspensão da operação da usina hidrelétrica de Santo Antônio por conta da seca histórica do Madeira.
Seca do Rio Madeira
Nas últimas semanas, o rio Madeira atingiu níveis mínimos históricos em consequência da seca de afeta toda a região Norte do país. A imensidão de água deu lugar a bancos de areia gigantes e "montanhas" de pedras no meio do "rio".
Imagens feitas pelo g1, mostram como a seca afetou o cenário do Madeira: chão seco com rachaduras e uma paisagem semelhante ao deserto.
A seca também tem afetado o abastecimento de água nas comunidades ribeirinhas e, diante do desabastecimento, a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) está usando caminhões pipas para levar água direto das estações de tratamento para essas regiões.
Já na área urbana, moradores das zonas Leste e Sul com poços tubulares enfrentam dificuldades de acesso à água.
Em uma nota divulgada nesta segunda-feira, a Caerd diz que está "priorizando o fornecimento regular de água para locais que prestam serviços essenciais, como unidades de saúde, escolas e órgãos públicos, para garantir que essas instalações continuem funcionando adequadamente, apesar das condições adversas de abastecimento de água".
Bancos de areias surgem devido a seca do rio Madeira — Foto: Thiago Frota/ Rede Amazônica
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