Filmagens da sessão mostram o parlamentar falando que é “contra o gay e as lésbicas, porque não produz família”. Discurso aconteceu durante apreciação de verbas da Lei Paulo Gustavo.
Porto Velho, RO - O Ministério Público de Rondônia está investigando um suposto discurso homofóbico proferido pelo vereador Leandro Aparecido do Carmo (PSD) durante uma sessão na Câmara de Vereadores de São Miguel do Guaporé (RO). Filmagens da sessão mostram o parlamentar falando que é “contra o gay e as lésbicas, porque não produz família”.
O discurso aconteceu durante a leitura de um Projeto de Lei da Secretaria Municipal de Esporte e Cultura do município que é amparado com recursos da Lei Paulo Gustavo. O vereador deu uma “risada sarcástica” ao ler que a verba é reservada também ao público LGBTQIA+. A sessão foi transmitida ao vivo.
Porto Velho, RO - O Ministério Público de Rondônia está investigando um suposto discurso homofóbico proferido pelo vereador Leandro Aparecido do Carmo (PSD) durante uma sessão na Câmara de Vereadores de São Miguel do Guaporé (RO). Filmagens da sessão mostram o parlamentar falando que é “contra o gay e as lésbicas, porque não produz família”.
O discurso aconteceu durante a leitura de um Projeto de Lei da Secretaria Municipal de Esporte e Cultura do município que é amparado com recursos da Lei Paulo Gustavo. O vereador deu uma “risada sarcástica” ao ler que a verba é reservada também ao público LGBTQIA+. A sessão foi transmitida ao vivo.
Assista o vídeo abaixo:
https://g1.globo.com/ro/rondonia/video/ministerio-publico-investiga-vereador-que-disse-ser-contra-gay-e-lesbicas-durante-sessao-12039296.ghtml
Ao ser questionado por um colega de casa que apontou preconceito na ação, Leandro Aparecido do Carmo disse:
“Questão de LGBT, essas coisas são contra mesmo. É meu posicionamento enquanto vereador. Sou contra o aborto, sou contra o gay e sou contra as lésbicas porque não produz família. Eu sou família, sou cristão e defendo isso”.
Momentos após o diálogo, o vereador volta ao assunto e diz que a verba destinada pela Lei Paulo Gustavo deveria ser utilizada “em uma coisa que dá pelo menos objetivo para os nossos jovens”.
“Acabamos de votar um projeto aqui e espero que seja bem aproveitado que possa usar em coisa voltada à cultura, coisa que é voltada ao cristianismo, coisa que é voltada à família, agora se for voltada a outro tipo de cultura vai ter minha crítica também”.
Repercussão
O Ministério Público de Rondônia instaurou uma Notícia de Fato com o objetivo de apurar o discurso do vereador. O órgão informou que enviou ofício para a Comissão de Ética da Câmara “para providências que entender pertinentes”.
Coletivos e grupos sociais repercutiram o assunto denunciando o caso e emitiram uma nota de repúdio cobrando providências da Câmara Municipal e do Ministério Público de Rondônia.
“O discurso feito pelo parlamentar é preconceituoso e alimenta, instiga e perpetua violências estruturais sofridas por essa população. [...] É esse o papel de um representante do Estado? Agir com preconceito, discriminação e exlusão de setores da sociedade? Como um legislador diz ser contra a existência de uma parcela da população que diz representar”, questiona a nota.
Na última semana, integrantes de grupos sociais estiveram presentes em uma sessão da Câmara de Vereadores de São Miguel para realizar um protesto contra a homofobia. Eles também protocolaram uma representação no Ministério Público.
Manifestação contra homofobia na Câmara Municipal de São Miguel do Guaporé, Rondônia — Foto: Reprodução
“Creio que cada pessoa tem o direito de pensar o que der vontade, agora pensar é diferente de sair destilando ódio. Ainda mais quando se trata de um agente público que por incrível que pareça foi eleito pelo voto democrático de muitos de nós da comunidade LBTQIAP+. Nós nos sentimos desrespeitados, machucados, massacrados e excluídos mais uma vez”, aponta um dos representantes.
Posicionamento
Ao g1, o vereador disse que seu discurso não foi contra a comunidade LGBTQIA+ e sim contra a proposta de destinação das verbas da Lei Paulo Gustavo para “eventos” que ele não concorda.
Ele ressaltou que é cristão e defende a família e que durante a sessão o que aconteceu foram divergências políticas e que ele foi mal interpretado.
Fonte: G1-Rondônia
Ao ser questionado por um colega de casa que apontou preconceito na ação, Leandro Aparecido do Carmo disse:
“Questão de LGBT, essas coisas são contra mesmo. É meu posicionamento enquanto vereador. Sou contra o aborto, sou contra o gay e sou contra as lésbicas porque não produz família. Eu sou família, sou cristão e defendo isso”.
Momentos após o diálogo, o vereador volta ao assunto e diz que a verba destinada pela Lei Paulo Gustavo deveria ser utilizada “em uma coisa que dá pelo menos objetivo para os nossos jovens”.
“Acabamos de votar um projeto aqui e espero que seja bem aproveitado que possa usar em coisa voltada à cultura, coisa que é voltada ao cristianismo, coisa que é voltada à família, agora se for voltada a outro tipo de cultura vai ter minha crítica também”.
Repercussão
O Ministério Público de Rondônia instaurou uma Notícia de Fato com o objetivo de apurar o discurso do vereador. O órgão informou que enviou ofício para a Comissão de Ética da Câmara “para providências que entender pertinentes”.
Coletivos e grupos sociais repercutiram o assunto denunciando o caso e emitiram uma nota de repúdio cobrando providências da Câmara Municipal e do Ministério Público de Rondônia.
“O discurso feito pelo parlamentar é preconceituoso e alimenta, instiga e perpetua violências estruturais sofridas por essa população. [...] É esse o papel de um representante do Estado? Agir com preconceito, discriminação e exlusão de setores da sociedade? Como um legislador diz ser contra a existência de uma parcela da população que diz representar”, questiona a nota.
Na última semana, integrantes de grupos sociais estiveram presentes em uma sessão da Câmara de Vereadores de São Miguel para realizar um protesto contra a homofobia. Eles também protocolaram uma representação no Ministério Público.
Manifestação contra homofobia na Câmara Municipal de São Miguel do Guaporé, Rondônia — Foto: Reprodução
“Creio que cada pessoa tem o direito de pensar o que der vontade, agora pensar é diferente de sair destilando ódio. Ainda mais quando se trata de um agente público que por incrível que pareça foi eleito pelo voto democrático de muitos de nós da comunidade LBTQIAP+. Nós nos sentimos desrespeitados, machucados, massacrados e excluídos mais uma vez”, aponta um dos representantes.
Posicionamento
Ao g1, o vereador disse que seu discurso não foi contra a comunidade LGBTQIA+ e sim contra a proposta de destinação das verbas da Lei Paulo Gustavo para “eventos” que ele não concorda.
Ele ressaltou que é cristão e defende a família e que durante a sessão o que aconteceu foram divergências políticas e que ele foi mal interpretado.
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