Extremistas disseram que nenhum dos israelenses mantidos em cativeiro sairá 'vivo' se não forem atendidas 'exigências'
Porto Velho, RO - A Faixa de Gaza é palco de intensos combates e bombardeios nesta segunda-feira (11), um dia após o grupo terrorista Hamas ter advertido que nenhum dos reféns capturados em Israel sairá "vivo" se suas exigências quanto à libertação de prisioneiros palestinos não forem atendidas.
Ataques aéreos poderosos atingiram o centro e o leste de Khan Younis, a grande cidade no sul do território, onde milhares de civis se refugiaram após terem fugido dos combates que se intensificam no norte.
O Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas desde 2007, informou que pelo menos 32 corpos foram levados para o Hospital Naser nesta cidade nas últimas 24 horas.
O ministério também destacou que houve "dezenas" de mortes em todo o território, incluindo na cidade de Gaza e no campo de refugiados de Jabalia, no norte do enclave, bem como nos campos de Nuseirat e Maghazi, no centro.
A Jihad Islâmica, outro grupo terrorista que atua em Gaza, afirmou que um de seus combatentes fez explodir uma casa onde havia soldados israelenses que procuravam a entrada de um túnel subterrâneo.
O Exército israelense, por sua vez, relatou o lançamento de foguetes de Gaza em direção a Israel.
Israel bombardeia o pequeno enclave desde 7 de outubro, em resposta ao ataque perpetrado pelo Hamas contra seu território, no qual os terroristas mataram 1.200 pessoas, em sua maioria civis, e sequestraram cerca de 240, segundo autoridades israelenses.
Paralelamente aos bombardeios, Israel, que prometeu "aniquilar" o Hamas, realiza operações terrestres no enclave desde 27 de outubro.
Segundo o Hamas, classificado como grupo terrorista pela União Europeia, Israel e Estados Unidos, cerca de 18 mil pessoas morreram em Gaza desde o início da guerra, a maioria delas civis.
'Atender às exigências'
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu aos terroristas do Hamas neste domingo (10) que larguem as armas e afirmou que houve muitas rendições nos últimos dias.
"A guerra continua, mas é o começo do fim do Hamas", declarou o premiê em comunicado.
Seu conselheiro de segurança nacional afirmou que o Exército havia matado cerca de 7.000 terroristas durante os combates, que se concentram atualmente no sul do território.
O Exército anunciou hoje que 101 soldados israelenses haviam morrido desde o início da ofensiva terrestre.
Israel afirma que ainda há cerca de 137 reféns retidos em Gaza. Um cessar-fogo de sete dias, que entrou em vigor em 24 de novembro, permitiu a troca de dezenas de reféns por centenas de prisioneiros palestinos.
Mas o Hamas declarou no domingo que nenhum dos que ainda estão retidos sairá "vivo" de Gaza "sem uma troca e uma negociação e sem atender às exigências" da organização extremista islâmica.
O Catar, o principal mediador entre as duas partes, assegurou que os esforços por uma nova trégua e mais libertações de reféns continuavam, mas os bombardeios israelenses estavam "reduzindo" as chances.
A Assembleia-Geral da ONU se reunirá nesta terça-feira (12) para discutir a situação em Gaza, depois que os Estados Unidos vetaram na última sexta-feira (8) uma resolução para um novo cessar-fogo.
A reunião pode terminar com um comunicado escrito, segundo fontes diplomáticas. O projeto de texto, ao qual a AFP teve acesso neste domingo, retoma em grande parte a resolução para pedir um novo cessar-fogo, vetada na sexta-feira pelo Conselho de Segurança.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, mais uma vez rejeitou um cessar-fogo.
"Com o Hamas ainda vivo, ainda intacto e [...] com a intenção declarada de repetir [o dia] 7 de outubro uma e outra vez, perpetuaria simplesmente o problema", declarou no domingo à ABC News.
O político americano ressaltou, no entanto, que Washington estava "muito, muito consciente do terrível custo humano" do conflito.
Fonte: R7
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