Caso Daniel Alves: como foi o primeiro dia de julgamento

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Caso Daniel Alves: como foi o primeiro dia de julgamento

O julgamento de Daniel Alves começou nessa segunda-feira. O jogador conseguiu depor por último e, se condenado, pode pegar 9 anos de prisão

Porto Velho, RO - Há tempos Daniel Alves tem sido muito comentado, não por sua habilidade no futebol, e sim por conta do caso de um suposto estupro cometido por ele a uma jovem em uma boate no final de 2022. Por conta disso, desde o dia 20 de janeiro de 2023 ele está preso na Espanha, aguardando o julgamento do seu caso.

Em agosto, a Justiça da Espanha acusou o jogador formalmente pelo crime de agressão sexual cometido contra uma mulher em uma boate em Barcelona. Por conta da formalização da acusação, Daniel Alves se tornou réu no caso, irá a julgamento e continuará preso no país.

Nessa segunda-feira aconteceu o primeiro dia do julgamento do jogador. Nesse primeiro dia, Daniel Alves conseguiu a condição de só depor depois que todos os depoimentos já tivessem sido dados. Além disso, segundo os jornais “La Vanguardia” e “El Periódico”, em depoimento confidencial, a jovem voltou a acusar o jogador de agressão sexual.

A advogada do jogador, Inés Guardiola, teve seu pedido de suspensão do julgamento oral negado. Para fazer esse pedido ela tentou argumentar várias coisas, como ter acontecido um período inicial de investigações sem que Daniel Alves tivesse conhecimento, em que ele poderia ter feito um teste do bafômetro; e da não aceitação do juiz de instrução para que um outro perito fizesse o exame na denunciante.

Além disso, Guardiola também pontuou um “julgamento paralelo” na imprensa que acabou contaminando o magistrado. Ela também disse que o jogador está vivendo em uma situação econômica difícil, com uma dívida de meio milhão de euros com a Fazenda da Espanha, uma conta com 50 mil euros e outra com 20 mil euros negativos.

Acusação mantida



Como disseram os jornais La Vanguardia e El Periódico, a jovem manteve o posicionamento de que foi agredida sexualmente pelo jogador, fato que desde o começo do processo ela não mudou.

O depoimento dela durou aproximadamente uma hora e 15 minutos. Ele foi feito a porta fechadas, sem contato com Daniel Alves, e com uma voz distorcida. Essas medidas foram tomadas pelo tribunal como uma forma de proteger a identidade da denunciante.

Além da jovem, também depuseram uma amiga e uma prima dela. Todas estavam na boate na noite de 30 de dezembro de 2022, quando o estupro teria sido cometido. De acordo com as duas, a denunciante está traumatizada e que “ele (Daniel Alves) me fez muito mal” e “não confia mais em ninguém”.

Outros depoimentos foram dados pelo porteiro da boate e dois garçons. Os dois funcionários disseram que não viram “nada de estranho” no comportamento do jogador, levando em consideração o consumo de álcool na noite.

Próximas etapas

Nessa terça-feira, mais 22 testemunhas irão depor. Entre elas está Bruno, amigo de Daniel Alves que também estava na boate na noite, e Joana Sanz, esposa do jogador.

O julgamento está acontecendo na 21ª seção da Audiência de Barcelona, sendo presidido pela juíza Isabel Delgado Pérez, e acompanhado pelos magistrados Luis Belestá Segura e Pablo Díez Noval.

A defesa de Daniel Alves deve apresentar a quinta versão a respeito do que teria acontecido na noite. Ainda conforme os jornais La Vanguardia e El Periódico, o jogador irá dizer que estava bêbado na noite e sua advogada sustentará que ele “não tinha plena consciência do que fez”.

Caso seja condenado, Daniel Alves terá que pagar 150 mil euros, equivalente a 783 mil reais, por danos morais e psicológicos conforme imposto pela Justiça.

Caso Daniel Alves



Depois de virar réu, em agosto, Cristóbal Martell, advogado do jogador, disse que eles decidiram não recorrer para economizar tempo. De acordo com ele, a estratégia é chegar ao julgamento o mais rápido possível.

“Ele está contrariado e não concorda com as conclusões, mas manifestou à juíza que não recorrerá por seu desejo de agilizar o processo”, disse o advogado.

Nas conclusões, a juíza entendeu que as contradições ditas pelo jogador sobre o ocorrido dão “indícios racionais suficientes” de suspeitas.

Todo o caso do suposto estupro cometido por Daniel Alves é cheio de contradições por parte do jogador. Ele já mudou sua versão da história várias vezes, enquanto a mulher que o acusa manteve sua versão desde a denúncia.

Além disso, as provas que a polícia da Espanha coletaram vão ao encontro da versão contada pela mulher. Tudo isso fez com que a situação do jogador ficasse ainda mais complicada. Tanto é que todos os três pedidos de liberdade provisória foram negados.

Fonte: Fatos Desconhecidos

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