Porto Velho, RO - Duas explosões perto de escritórios de candidatos eleitorais na província de Baluchistão, no sudoeste do Paquistão, mataram 26 pessoas e feriram dezenas, disseram autoridades locais hoje (7), levantando preocupações sobre a segurança na véspera de uma eleição geral.
O Paquistão vai às urnas nesta quinta-feira, em meio ao aumento dos ataques de militantes nos últimos meses e à prisão de Imran Khan, o vencedor da última eleição nacional, que tem dominado as manchetes apesar da crise econômica e de outros problemas que ameaçam o país.As autoridades disseram que estão reforçando a segurança nas cabines de votação.
O primeiro ataque, que matou 14 pessoas, ocorreu no escritório de um candidato eleitoral independente no distrito de Pishin.
A segunda explosão em Qilla Saifullah, uma cidade próxima à fronteira afegã, foi detonada perto de um escritório do Jamiat Ulema Islam (JUI), um partido religioso que já foi alvo de ataques, de acordo com o ministro da Informação da província.
O vice-comissário de Qila Saifullah, Yasir Bazai, disse que 12 pessoas morreram na explosão, que partiu de uma moto estacionada perto do escritório, e 25 ficaram feridas.
Não ficou imediatamente claro quem estava por trás dos ataques. Vários grupos, incluindo o Taliban paquistanês (TTP) e grupos separatistas do Baluchistão, se opõem ao Estado paquistanês e fizeram ataques nos últimos meses.
Separadamente, um porta-voz do TTP reivindicou um ataque na segunda-feira (5) que matou 10 pessoas em uma delegacia de polícia no noroeste do Paquistão. Embora o TTP tenha afirmado que seu alvo é a polícia e os oficiais de segurança, e não os candidatos eleitorais, o ataque levantou preocupações sobre a segurança nas regiões fronteiriças do Paquistão, no momento em que o país vai às urnas.
O hospital de Khanzai, próximo ao local da explosão em Pishin, calculou o número de mortos em 14 e disse que mais de duas dúzias de pessoas ficaram feridas. O vice-comissário do distrito de Pishin, Jumma Dad Khan, disse que a explosão feriu muitas pessoas.
Os ataques ocorreram no momento em que os partidos políticos encerravam suas campanhas, no período de silêncio exigido pelas regras eleitorais no dia anterior à eleição.
Fonte: Agência Brasil
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