Moeda americana segue em alta, pressionada pelo vigor da economia americana, confronto no Oriente Médio e meta fiscal mais frouxa no Brasil
Porto Velho, RO - O câmbio segue pressionado nesta terça-feira (16/4). Por volta das 9 horas, o dólar estava cotado a R$ 5,22. Às 9h45, porém, esse valor já atingia R$ 5,24 e, às 11 horas, R$ 5,27. Na quinta-feira (15/4), a moeda americana fechou a R$ 5,18, o maior valor em um ano, o que representou uma elevação de 1,24% em relação ao dia anterior.
Há três destaques entre os principais fatores de pressão sobre o dólar. O primeiro deles é a estimativa do mercado mundial de que os juros não vão ceder tão cedo nos Estados Unidos. A economia americana tem dado sucessivas mostras de aquecimento, um quadro que impede que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) reduza a taxa local, hoje fixada no intervalo entre 5,25% e 5,50%.
Além disso, o agravamento do conflito no Oriente Médio, com o ataque do Irã contra Israel, no sábado (13/4) também fez com que a moeda americana se valorizasse. Nesse caso, o temor é que o acirramento da guerra resulte na elevação do valor internacional do petróleo, algo que teria forte impacto sobre a formação de preços em todo o mundo. Na prática, resultaria em inflação.
Por fim, a confirmação nesta segunda-feira (15/4) da mudança da meta fiscal para 2025 no Brasil também joga a favor da elevação da moeda americana – e contra o real. O governo federal anunciou que em vez de um superávit primário (o saldo positivo das contas públicas, sem contar o pagamento de juros) de 0,5%, o alvo do Executivo passou a ser um empate de zero a zero nas contas públicas, com um eventual déficit de 0,25%.
Fonte: Metrópoles
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