Chefe da ONU expressa preocupação com “violações da soberania da Síria”

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Chefe da ONU expressa preocupação com “violações da soberania da Síria”

António Guterres criticou "as centenas de ataques aéreos israelenses em vários locais" do país


O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres • Eduardo Munoz Alvarez/VIEWpress/Getty Images

Porto Velho, RO - O secretário-geral da ONU, António Guterres, está profundamente preocupado com “as recentes e extensas violações da soberania e integridade territorial da Síria”, disse o porta-voz da organização Stephane Dujarric nesta quinta-feira (12).

“O secretário-geral está particularmente preocupado com as centenas de ataques aéreos israelenses em vários locais na Síria, enfatizando a necessidade urgente de diminuir a violência em todas as frentes em todo o país”, pontuou Dujarric a repórteres.

“Neste período de rápida mudança, o secretário-geral ressalta que, ao mesmo tempo em que se mantém a ordem pública, é imperativo apoiar arranjos transitórios confiáveis, ordeiros e inclusivos na Síria”, adicionou.

Israel afirma que os ataques têm como alvo baterias antiaéreas, campos de aviação militares, locais de produção de armas, aviões de combate e mísseis.


Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

Fonte: CNN Brasil

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