Processo de Ludmilla contra Marcão do Povo por racismo tem reviravolta

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Processo de Ludmilla contra Marcão do Povo por racismo tem reviravolta


A defesa do apresentador recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reverter uma condenação de junho do ano passado

Porto Velho, RO - A briga judicial entre Ludmilla e Marcão do Povo, iniciada em 2017, ainda está longe de terminar. Após ser condenado por racismo pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o apresentador recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por enquanto, saiu vitorioso.

A ministra Daniela Teixeira absolveu o jornalista da acusação de injúria racial na última quinta-feira (19/12) e determinou que a condenação de junho do ano passado foi feita com base em um vídeo editado.

Para a magistrada, houve falha na sentença e que era necessário ter acesso à gravação completa para que uma decisão fosse tomada: “É temerosa a aceitação de vídeo editado para sustentar um decreto condenatório em que foi excluída toda a fala do recorrente, havendo ênfase em determinadas expressões sem a devida contextualização”, afirmou ela no texto, divulgado pela coluna F5, da Folha de S. Paulo.

Através de nota oficial, os advogados de Ludmilla revelaram que vão recorrer ao STJ no início do ano: “Confiamos que o colegiado reverterá a decisão, julgando a conduta do acusado criminosa e preconceituosa, impedindo, assim, um imenso retrocesso para a luta contra o racismo no País”, declarou o comunicado.

Para quem não se lembra, a coluna refresca a memória: em 2017, enquanto ainda comandava o Balanço Geral DF, da Record, Marcão do Povo foi acusado de injúria racial pela cantora, ao se referir a ela como “pobre e macaca”.

Na ocasião, ele comentava uma notícia de que Ludmilla teria evitado posar para fotos com os fãs, comentando e, seguida: “É uma coisa que não dá para entender. Era pobre e macaca, pobre, mas pobre mesmo. Sempre falo, eu era pobre e macaco também”, teria dito ele, que acabou demitido da Record. Em seu pedido de desculpas, Marcão alegou que o termo seria uma “expressão regional”.

No início do ano passado, o apresentador foi inocentado em primeira instância. Em meados de 2023, a decisão foi revertida e o jornalista foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a 1 ano e quatro meses de prisão, além de indenização de R$ 30 mil.

A decisão do STJ fez com que o termo “Justiça por Ludmilla” fosse parar nos assuntos mais comentados do Twitter nesta terça-feira (24/12).

Reação de Ludmilla à condenação no ano passado

Após saber da condenação de Marcão do Povo, Ludmilla foi para as redes sociais e comemorou: “No meio de tanta tragédia, finalmente uma notícia boa Brasil! Chorei tanto quando saiu a notícia que eu tinha perdido esse processo e hoje finalmente esse racista tá pagando, não tanto quanto deveria, por me humilhar e fazer o que tantos brasileiros sofrem diariamente na pele, literalmente”, escreveu ela.

“Hoje você vai ter que engolir as lágrimas de alegria que chorou naquele programa quando saiu o decreto de que você tinha ganho a primeira etapa do processo. Agora cabe ao @SBTonline decidir se vai manter um racista na casa!”, completou.

Fonte: Metrópoles

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