
Porto Velho, RO - Porto Velho sediou um importante evento sobre inovação educacional em Rondônia: a “Jornada Maker: Novas Experiências na Educação”. O curso aconteceu entre os dias 11 e 14 de março; reuniu professores envolvidos com a mediação tecnológica no estado e contou com a presença do renomado professor doutor André Raabe, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), especialista em cultura maker e tecnologia educacional.

O curso abordou diversas aplicações práticas da tecnologia na educação, desde a criação de projetos até o uso de ferramentas digitais para promover inclusão e acessibilidade. Durante a jornada, os professores aprenderam a utilizar a tecnologia para personalizar o aprendizado, tornando-o mais engajador e significativo para cada estudante.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destacou a importância da jornada como uma imersão na cultura maker, uma abordagem pedagógica que valoriza o aprendizado prático, a criatividade e colaboração. “Os participantes puderam explorar como a tecnologia pode ser integrada à prática pedagógica, transformando a sala de aula em um ambiente dinâmico e inclusivo”, afirmou.
CULTURA MAKER
É um movimento que valoriza a criação, experimentação e aprendizagem prática, incentivando a ideia de que qualquer pessoa pode construir ou consertar objetos. Inspirada no movimento “Do It Yourself” (Faça Você Mesmo), a cultura maker se tornou uma tendência educacional que promove a criatividade, o trabalho em grupo, a resolução de problemas e o pensamento crítico. Nesse viés, procura empoderar os indivíduos, especialmente os estudantes, a serem protagonistas de seu aprendizado, estimulando a exploração ativa de conceitos científicos e tecnológicos de maneira prática e envolvente.
Entre as atividades típicas da cultura maker, destacam-se:
- Montagem estrutura robótica,
- Criação de protótipos, utilizando impressoras 3D,
- Construção de circuitos eletrônicos, projetos de reciclagem, e
- Participação em feiras de ciência.
Além disso, a cultura maker oferece oportunidades de integração entre diferentes áreas do conhecimento, como matemática, física, biologia e informática, promovendo assim, uma aprendizagem mais dinâmica e conectada às necessidades e desafios contemporâneos.
Segundo a titular da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Ana Lúcia Pacini, a implementação da cultura maker nas escolas de Rondônia é um passo fundamental para modernização da educação no estado. “O professor André é uma referência na área, e por isso veio para o nosso estado. Ao estimular a criatividade e o ‘aprender fazendo’, a cultura maker prepara os estudantes para os desafios do século XXI, desenvolvendo habilidades como resolução de problemas, pensamento crítico e trabalho em equipe”, enfatizou.
PROFESSORES DA MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA EM DESTAQUE

A coordenadora da Mediação Tecnológica da Seduc, Daniele Brasil, destacou que, um dos pontos altos da jornada foi a participação ativa dos professores de mediação tecnológica do estado, que conta com 26 professores ministrantes, incluindo mestres, doutores e pós-doutores da rede estadual. Ela ressaltou que esses profissionais, responsáveis por disseminar o conhecimento nas escolas de Rondônia, tiveram a oportunidade de trocar experiências com o professor doutor André Raabe, aprimorando seus conhecimentos e fortalecendo a rede de colaboração entre os profissionais da área.
“Foi uma imersão na cultura maker, visto que esses professores são responsáveis por seis mil estudantes do estado, incluindo indígenas, ribeirinhos, quilombolas e alunos das áreas rurais. Eles precisam estar capacitados para repassar esse conhecimento como multiplicadores aos professores nas unidades escolares, de modo que possam trabalhar junto aos estudantes”, explicou.
O professor de Física da Mediação Tecnológica, Maicon Maciel, acrescentou a relevância de participar da jornada. “Para mim, foi mais uma oportunidade de formação continuada. É um conhecimento além do que já trabalho em sala de aula. Tivemos a oportunidade de estar com um doutor na temática maker, que nos apresentou referenciais bibliográficos atualizados, e práticas regionais diferentes das nossas. Nós, nortistas, temos práticas de física e aplicações diferenciadas, pois nosso público é distinto, e vale sim uma reflexão sobre tudo o que o professor André Raabe nos trouxe. Foi muito enriquecedor”, pontuou.
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